Por trás de toda grande marca existe uma história e uma personalidade que muitas vezes escapa aos olhos dos mais desatentos. No mundo da tecnologia não é diferente. Sistemas como o Android, do Google, o iOS, da Apple, e o Windows Phone, da Microsoft, já fazem parte da vida de quase todos nós. Para que você conheça um pouco melhor a personalidade de cada uma delas, a PSafe traçou os históricos e características destas marcas e seus sistemas.
A versatilidade e adaptabilidade do Android
O sistema operacional móvel mais usado no mundo, segundo pesquisa divulgada pela Net Applications em agosto de 2014. A cria do Google, que nasceu em 2005, domina 44,62% do mercado, enquanto o iOS caiu para 44,19%. Mas, para chegar a esse patamar foi preciso dedicação e muita criatividade. O sistema foi baseado no Linux, com o objetivo de ser uma plataforma aberta, devido ao código livre, de fácil adaptação e gratuita. Essas características permitiram que o sistema fosse utilizado em aparelhos de várias marcas, o que auxiliou em sua consolidação.
O Google foi esperto e se ligou no grande crescimento do uso de smartphones e tablets. Hoje em dia, o Android é desenvolvido pela OHA ? Open Handset Alliance, criada em 2007 por diferentes empresas como a T-Mobile, HTC, Qualcomm e Motorola, e gerenciado pelo Google.
O primeiro aparelho com o sistema Android, o HTC Dream, foi lançado em 22 de outubro de 2008, nos Estados Unidos. Para batizar cada versão, a empresa resolveu dar nomes de sobremesas. Em abril de 2009, a versão 1.5, ou ?Cupcake?, introduziu a correção automática nos textos e também os famosos ?widgets?.
Já o famoso robozinho, mascote do sistema, é uma criação da designer Irina Blok. Ela trabalhou no Google durante o ano de 2007, ano que a empresa já tinha planos adiantados para estrear sua plataforma móvel, que tinha dois anos de vida, e precisava de um símbolo para identificá-la junto aos consumidores.
Em seu site oficial, Blok diz que o robozinho verde era parte da campanha de lançamento no qual iria funcionar como o código aberto da plataforma, permitindo que a comunidade de desenvolvedores pudesse estabelecer a identidade para o novo produto e gerar entusiasmo entre os engenheiros. Quem pode dizer que não empolgou?
O revolucionário e mirabolante iOS
Quando a Apple anunciou o lançamento do iPhone, em 2007, os sistemas operacionais para celulares touchscreen estavam longe de ser um padrão. A empresa descreveu a interface deste dispositivo como um ?totalmente novo? e como o ?novo software pioneiro?. No comunicado de imprensa oficial, Steve Jobs dissera: ?Todos nós nascemos com o dispositivo apontador final: os nossos dedos. O iPhone usa-os para criar a interface do usuário mais revolucionária, desde o mouse?. Estava nascendo um dos momentos mais revolucionários do Século 21, até o momento.
O iOS, inicialmente chamado de iPhone OS, oferecia Google Maps, iTunes com CoverFlow, um navegador Safari e ?widgets?, como: Weather, Stocks, Mail, Calendar, Camera, Photos, Clock, Notes e Calculator. Era um computador na palma da mão.
No lançamento do iPhone, Jobs descreveu o software como uma variante do sistema operacional OS X, nativos nos computadores da linha Mac. Apesar de ser um software revolucionário, o iOS 1 tinha apenas alguns apps: iPod, Mail, Agenda, Fotos, Relógio, Texto, Safari, Notas, YouTube, Calculadora, Maps, Configurações, Câmera, Ações e Telefone. Não havia nem mesmo uma loja App ou iTunes App Store.
A maior novidade no iOS 2 foi, portanto, a Apple Store, aplicativo construído para abrigar os dispositivos da marca. Lançado em 11 de julho de 2008, a loja virtual deu aos usuários acesso a milhares de apps criados por desenvolvedores de terceiros.
Compatível com o iTunes, a App Store colocou o iPhone anos à frente da concorrência, ao oferecer possibilidades ilimitadas para o equipamento. Foi quando os aplicativos começaram a entrar na moda. Os desenvolvedores foram rápidos e, com a criação de apps dedicados que foram um enorme sucesso, avistaram possibilidades de enormes lucros. Tanto que o número de apps aumentou de cerca de 500, em meados de 2008, para mais de 200 mil atualmente.
O persistente e aguerrido Windows Phone
A Microsoft demorou um pouco, mas entrou na briga com Google e Apple. Antes de o sistema operacional Windows Phone existir, a empresa de Bill Gates tinha o Windows Mobile. No entanto, a companhia via que era necessária uma atualização. Logo começaram a desenvolver o ?Photon?, em 2004.
Apesar da vontade, as ações eram poucas, e o projeto morreu. Em 2008, tentaram novamente, mas desta vez com novidades mais contundentes: eles queriam um novo sistema operacional. Em 2010, então, ele foi lançado de vez (com um ano de atraso).
O grande revés foi a incompatibilidade com o Windows Mobile, mas nem por isso o Windows Phone deixou de ser um sucesso. Aqui no Brasil, pelo menos, o sistema já é o segundo mais usado, deixou o iOS para trás e perdendo apenas para o Android, segundo o relatório Mobile Phone Tracker, divulgado em 2014 pelo IDC (International Data Corporation).
* Ilustração | Greg Guillemin
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