O novo investimento no negócio de anúncios é um fortalecimento do Pinterest. A operação de publicidade foi lançada oficialmente em abril de 2021 e vem crescendo desde então. O movimento estratégico coincidiu com a pandemia e o vertiginoso aumento das relações online, assim como a audiência do Pinterest, que também aumentou no período. Atualmente a rede tem mais de 30 milhões de usuários ativos, segundo relatório elaborado por We Are Social e Hootsuite em 2022, ocupando o oitavo lugar no ranking das redes sociais mais usadas, à frente de Twitter e Snapchat.

Para Henrique Russowsky, Industry Lead do Pinterest no Brasil, “é uma rede que apesar de aparecer nos rankings de redes sociais, é muito mais pessoal do que social. É algo que fazemos para nós mesmos”.

Foco em experiência pessoal

O Pinterest tem presença no Brasil desde 2014, com um processo de crescimento de toda a área de conteúdo e desenvolvimento da plataforma de forma mais local. O foco recente na publicidade inclui o trabalho de desenvolvimento de criadores dentro da plataforma e do ecossistema de conteúdo. Mas quem usa Pinterest?

Decoração é unânime, moda e beleza também são muito presentes. Mas Russowsky aponta que os usos são os mais variados, desde pessoas 60+ para colecionar informações e aprender novas habilidades, como as pesquisas de DIY, muito fortes na plataforma.

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Se o Pinterest é voltado para nós mesmos, então por que a publicidade? Apesar da audiência, essa demora esteve muito atrelada à preocupação com o usuário e como colocar a publicidade de forma mais sutil, parte do ecossistema, como um pin. “Nosso intuito é sempre que ela se misture cada vez mais com o orgânico para que a publicidade possa aparecer de forma contextualizada, sempre em prol dos usuários. Então isso é levado bastante a sério”, explica o Industry Lead.

Para ajudar esse direcionamento das marcas, o Pinterest lançou recentemente uma ferramenta, o Pinterest Trends. A ferramenta de tendências do Pinterest está disponível no Brasil e serve para ajudar as marcas a identificarem as tendências relevantes daquilo que está crescendo no interesse do usuário. “O Pinterest tem o perfil de antecipar tendências. O usuário busca coisas e quando identificamos o crescimento no Pinterest, aquilo se transforma em tendência para outras plataformas”, destaca Russowsky, “a gente se torna tendências nas vidas das pessoas. O Trends tem alguns exemplos”.

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Plataforma de tendências e inspirações

O Pinterest é uma plataforma ligada a presentear, presentear a si mesmo e ao outro. “Um insight que vemos na plataforma está ligado ao presente para o outro. É um processo de descoberta. O Natal está muito ligado a presentear o outro. Já a Black Friday mais a presentear a si mesmo”, avalia Russowsky.

A Copa do Mundo também tem muito a ver com preparação da casa. Esse é o grande insight, preparar o look e o ambiente para torcer. O que faz parte de uma tendência já apontada no Pinterest, do Brasil Core. Houve um crescimento na plataforma ligado ao Brasil na moda.

Com uma Black Friday e uma Copa do Mundo pela frente, o Pinterest já começou a falar de Natal e dos entusiastas do brilho. “O brilho está vindo com muita força, já começamos a ver nas pesquisas e entender isso como um direcionamento ligado ao momento de fim de ano, que diferente de 2020, quando as pessoas já estavam mais dispostas a estar na rua ou a confraternizar em família, ainda tinha máscara no ambiente coletivo”, exemplifica.

Busca por novos segmentos na publicidade

Para entrar consistentemente nesse mercado, um dos esforços é de letramento das marcas para estar presente de forma pertinente. “Há segmentos muito óbvios quando a gente pensa numa marca de decoração, de móveis. Quando a gente pensa em Pinterest, ele tem essa sensação natural”. A avaliação da plataforma é que moda, gastronomia, viagens terem grande relevância no Pinterest por serem segmentos inspiracionais.

“O usuário vai numa rede para dizer o que fiz e o que estou fazendo, nos diversos formatos. O Pinterest não é sobre contar para os outros, mas sobre ‘o que eu quero fazer?’ E essa realização ela começa na inspiração”, pontua Russowsky.

O Pinterest, nesse sentido, é uma plataforma que tem mais como vocação, a fase de consideração no funil de vendas. “Ela ajuda as marcas no desafio de consideração justamente por o usuário estar num momento de felicidade, de motivação. É um momento de atenção muito mais elevada do que alguém que está numa sala de espera, passando o tempo numa rede”, defende Russowsky, ao comentar como as marcas podem fazer uso do Pinterest.

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Há muitos segmentos a explorar dentro do Pinterest por causa da proposta muito (audio)visual. Desde pequenas agências a grandes empresas, marcas que fazem curadoria, podem explorar o Pinterest de forma orgânica e também paga para trazer seu conteúdo e responder aos usuários. “Não precisa serum criador de conteúdo, é usar do seu trabalho para gerar informação para dentro da plataforma”, sugere o Industry Lead. Outros segmentos, como automotivo, financeiro, também estão no radar do Pinterest.

“Consigo conectar a uma marca de um banco, por exemplo, que busca de forma como se fosse um concierge para dar sugestões via imagens e via boards de coisas e formatos, a ideia é dar sugestões em cima do que os usuários podem fazer, não só os segmentos mais naturais de compras e bens de consumo, mas com promoção de experiência”.

Com a plataforma de shopping, tanto em vídeo e formatos de imagem padrão, as marcas podem ter um feed de produtos, para o Pinterest se conectar cada vez mais ao processo de compra.

“Cada vez mais estamos incorporando o processo de venda para trazê-lo mais próximo da plataforma. Nosso foco é no engajamento dentro da plataforma. Passa pelo shopping, pelos criadores e passa pelo papel das marcas nesse processo como um todo, contribuindo para o usuário”, finaliza Russowsky.

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