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Os 10 maiores mitos da indústria sobre alimentação saudável

Os 10 maiores mitos da indústria sobre alimentação saudável

Produtos industrializados podem ter um verniz saudável que engana a muitos. A PROTESTE listou dez pegadinhas relacionadas à alimentação para você não consumir, por engano, alimentos que parecem ser saudáveis, mas, dependendo, podem fazer mal a sua saúde. Lembre-se, a leitura do rótulo é essencial para saber o que você realmente está comendo.

Diariamente somos bombardeados com informações e propagandas sobre alimentos benéficos para a saúde ou lançamentos que prometem facilitar o dia a dia na cozinha. E na verdade, muitos dados são contraditórios ou até mesmo modismos sem fundamento.

Um levantamento feito com as principais marcas vendidas no Brasil e no exterior e publicado no livro “Eat This, Not That!” (“Coma isso, não aquilo”, em inglês) mostra que, muitas vezes, as barrinhas  de ceral, por exemplo, um expoente de saúde, chegam a ser 70% açúcar, o triplo de uma bola de sorvete. E elas nem são tão menos calóricas que uma barra pequena de chocolate. O mesmo acontece com a maioria dos cereais matinais, tão cheios de açúcar que o bônus dos nutrientes não é nem de longe recompensador em relação ao ônus.

Outro produto que engana é o peito de peru embutido, que, apesar de ser visto como uma alternativa melhor do que o presunto, os dois têm a mesma quantidade de sódio e gordura porque são uma mistura de carne e pele do animal. Para conservar o produto, as indústrias usam nitritos e nitratos, substâncias químicas que, segundo algumas pesquisas, podem causar câncer se consumidas por muito tempo. Além, é claro, da quantidade sempre alta de sódio contida nos alimentos embutidos.

Aliás, produtos diet e light, de forma geral, costumam ser prejudiciais à saúde, parecem ser mais saudáveis do que os tradicionais, mas só são indicados em casos bem específicos. Por exemplo: crianças só devem ingerir produtos “dietéticos” se apresentarem obesidade ou diabetes. Esse tipo de alimento tem menos açúcar, mas para continuar com o sabor, os fabricantes adicionam grande quantidade de sódio, na maior parte dos casos. E, apesar de ser vilão quando consumido em excesso, o açúcar é fonte de energia e as crianças precisam dele para crescerem. O mais recomendável é ingerir açúcar presente em frutas e massas, e com moderação. E isso poderia, sim, ser discriminado nas embalagens de tais produtos.

Veja quais são os 10 maiores truques que a indústria realiza com a falácia da alimentação fácil e saudável.

 

1. Parece com aquele feito em casa, sabe? Só que não

A indústria, através da publicidade, faz você acreditar que não tem tempo para nada e que precisa de suas invenções milagrosas: refeições congeladas, pó para empanar frango, sobremesa na caneca, molho pronto para salada, caldo de carne (de feijão ou picanha), sopa em saquinhos etc. Não se iluda, eles não são iguais às receitas caseiras.

Dica: Faça você mesmo! Alimentos prontos ?parecem? com os caseiros, porém são repletos de aditivos alimentares para deixar o sabor semelhante ao alimento fresco. Além disso, podem ter mais gordura, açúcar e sódio.

 

2. Alimento enriquecido com 2548 vitaminas e minerais. Ótimo para a saúde

Cereais matinais, achocolatados, biscoitos recheados, sobremesas lácteas. A lista de produtos voltados para o público infantil é extensa e em geral possuem um valor nutricional muito baixo e são repletos de calorias vazias. Isso quando não trazem um brinquedo de brinde ou o personagem da moda estampado no rótulo para cativar a criança.

Dica: que tal reduzir esses produtos e priorizar frutas, verduras e legumes? Esses alimentos oferecem as vitaminas e minerais que precisamos, sem sal, açúcar ou gordura.

 

3. Este produto é sem glúten e sem lactose? Então é saudável

Tirar glúten e lactose da alimentação sem possuir nenhum tipo de intolerância ou sensibilidade é puro modismo. Não há comprovação científica de que a retirada destes componentes pode ajudar a emagrecer. Porém, a justificativa em caso de perda de peso é obvia: tire ou modere o consumo de pizza, pães, bolos, massas, chocolate, etc. Esse processo não é um milagre, é chamado balanço energético negativo, ou seja, consumir menos calorias do que gasta.

Dica: não se deixe enganar pelas argumentações ?sem glúten? e ?sem lactose?. Atualmente até mesmo produtos que naturalmente não contém glúten e lactose divulgam esta informação.

 

4. Lojas de produtos naturais são um paraíso

Não sabemos de onde saiu a ideia de que as lojas de produtos naturais (só este nome já é suspeito, não acham?) vendem ?saúde?. Podem até oferecer opções interessantes, mas a maioria são alimentos ?disfarçados? de saudáveis. É muito comum encontrarmos nestes locais opções de lanches e petiscos ? biscoito salgado, cookie, barra de cereal – cheios de substâncias artificiais. Isso quando nessas lojas não são vendidos suplementos para atletas. Uma opção nada “natural”.

Dica: leia a lista de ingredientes e fuja dos alimentos ricos em sódio e substâncias artificiais como corantes, aromatizantes e adoçantes artificiais. E lembre-se, a melhor opção para os lanches são as frutas acompanhadas ou não de granola ou iogurte, por exemplo.

 

5. Eu não bebo mais refrigerante, agora só tomo suco (de caixinha)

Não se engane. Esta substituição é quase trocar seis por meia dúzia. Isto por que a maioria dos sucos de caixinha contém praticamente a mesma quantidade de açúcar dos refrigerantes. E ainda contém bem menos fruta do que deveria haver em um suco.

Dica: os sucos integrais são ótimas opções, pois não tem açúcar e são feitos 100% de fruta (esta informação é encontrada no rótulo). E claro, o suco fresco, in natura, é a melhor escolha! Outra alternativa são as águas saborizadas, além de refrescantes são super em conta e fácil de preparar.

 

6. Olha, diz no rótulo que é natural

O que é natural? E o que é um alimento natural? A resposta vai variar de acordo com quem estiver respondendo: um químico, um vegano, um nutricionista, um dicionário! Mas saiba que pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o uso deste termo nos rótulos dos alimentos é proibido ? apesar de ser encontrado com certa facilidade numa ida ao mercado.

Dica: se um alimento se intitula natural, leia sempre a lista de ingredientes para saber se possui aditivos alimentares e transgênicos em sua composição. No caso de frutas e hortaliças, se não for orgânico, há risco de ter resíduo de agrotóxico. Ou seja, de ?natural? não tem nada.

 

7. Estou de dieta e agora só como peito de chester ou blanquet de peru. Super saudável

Ouvimos sempre de pessoas que fazem dieta: ?não como presunto e mortadela, só como peito de peru?. Como todos os embutidos, estes frios ?lights? possuem um alto teor de sódio (presente na composição do sal) e muitos aditivos alimentares.

Dica: recheie seu pão com pastinha caseira feita com queijos tipo ricota ou cottage e tempere com ervas como orégano ou alecrim e adicione cenoura e cebola raladas. Uma delícia!

 

8. Olha esse biscoitinho de presunto de Parma, que chique!

É comum encontrar nas prateleiras dos supermercados produtos completamente artificiais que confundem os consumidores com sabores falsos ou mirabolantes. Biscoito de presunto de Parma sem presunto, torrada sabor pão na chapa, maionese sabor filé grelhado, queijo processado sabor tipo cheddar, batata frita sabor mediterrâneo, sorvete de pistache sem pistache, cerveja de tequila sem tequila.

Dica: é só ler a lista de ingredientes e descobrir se o alimento daquele sabor exótico, apetitoso, que te deu vontade de comprar aquele produto, está lá de verdade.

 

9. Estou de dieta, vou almoçar uma saladinha

Não se deixe enganar! Ainda mais nestes restaurantes especializados em saladas. É mais comum do que se imagina salada preparadas com maionese, alimentos fritos e super calóricos. Além disso, é preciso ficar atento à porção; não é por que está comendo salada que a quantidade não importa. A Ceasar Salad, por exemplo: folhas de alface boiando no molho e bacon frito. Não é de todo ruim, mas para quem está de dieta, pode ser um perigo. Outro ponto importante são os molhos prontos. A maioria é cheio de aditivos alimentares e tem bastante gordura e sódio.

Dica: atenção aos molhos e aos ingredientes. É sempre melhor fazer a salada em casa, com hortaliças e frutas escolhidas por você e molhinho caseiro preparado na hora, a base de iogurte e queijo cottage, por exemplo.

10. Quero emagrecer, por isso só compro alimentos diet e light

Esse é um dos maiores erros de quem está tentando emagrecer: se encher de alimentos industrializados diet e light. Pode até ajudar a perder peso, mas dificilmente consegue mantê-lo (não dá para passar uma vida toda comendo esses produtos). Isso quando não engorda ainda mais. Por quê? Você pode não estar proporcionado ao seu corpo o que ele realmente está pedindo, desta forma pode gerar ansiedade. Além disso, para compensar a falta de açúcar ou gordura nestes produtos, é comum consumi-los em maior quantidade para conseguir o mesmo poder de saciedade de um alimento tradicional. E muitas vezes um alimento diet sem açúcar tem mais gordura que o tradicional, caso de alguns chocolates.

Dica: Alimentos lights contém o teor de calorias, gordura, sódio ou açúcar reduzidos. Já os diet, não apresentam algum nutriente com açúcar ou sal, por exemplo. Os diet são direcionados para pessoas com necessidades nutricionais específicas, como os diabéticos.  Se você não tem nenhuma restrição alimentar, o ideal é comer o alimento tradicional em menor quantidade.

 

E a regulação?

A Anvisa afirma que está atenta às demandas da sociedade acerca da rotulagem nutricional e que atualmente está disponível para contribuição da sociedade a consulta pública sobre rotulagem de substâncias alergênicas em alimentos. O objetivo da norma é indicar no rótulo dos alimentos embalados as principais substâncias capazes de desencadear alergias alimentares.  A proposta é para que as indústrias citem nominalmente o uso de cereais com glúten, crustáceos, ovos, peixe, amendoim, soja, leite, castanhas e sulfitos quando utilizarem estes alimentos ou derivados entre os ingredientes. O texto leva em consideração as principais referências internacionais, como o Codex Alimnetarius, para alimentos com maior potencial de provocar alergias.

Imagem | Deviantart/Mastastealth

* Com informações da PROTESTE

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