É impossível falar em melhorar a comunicação e o serviço de informação e não pensar no segmento de alimentação. Não por acaso, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou, por meio de estudo, que 93,3% dos entrevistados acreditam que, se a informação estivesse na frente da embalagem, ajudaria a compreensão.
As mudanças nos rótulos são uma proposta defendida pelo Idec e permite que o consumidor identifique a composição de produtos não saudáveis com mais rapidez.
Além disso, no levantamento foram apresentados modelos de rótulos frontais. O método utilizado pelo Equador, que tem como base um semáforo e indica se o alimento tem teor baixo, médio ou alto (verde, amarelo e vermelho, respectivamente) de nutrientes críticos, como sódio, açúcar e gorduras obteve 71,2% de aprovação.
Como o Idec ressalta, as características nutricionais como quantidade de calorias, teor de sódio, gorduras e carboidratos são informações obrigatórias, desde 2003. Porém, a regra atual obriga apenas que a inserção desses dados aconteça na parte de trás das embalagens, em uma tabela.
Dentro desse contexto, como mostra o infográfico abaixo, apenas 39,6% dos entrevistados dizem compreender parcialmente ou muito pouco da rotulagem nutricional atual. Para a pesquisadora e nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto, “algumas melhorias são cobranças antigas, como a inclusão do açúcar na tabela nutricional (apoiado por 98,3%) e a padronização da informação por 100g ou por embalagem e não por porção (defendida por 80%).
O estudo
A pesquisa de opinião sobre rotulagem nutricional dos alimentos foi realizada entre os dias 13 e 23 de junho deste ano, contou com a participação de 2651 internautas e identificou as dificuldades dos consumidores para entender as informações contidas nos rótulos.