De acordo com a pesquisa ?Debate Digital 2013 ? Emergência do consumidor digital multitarefas?, realizada recentemente pela KPMG International, os brasileiros ainda priorizam a mídia tradicional, em relação à digital. Entre noves países avaliados, o Brasil foi o que mais gastou com a mídia tradicional (US$ 15 por mês, em média).
Os brasileiros também ficaram em segundo lugar entre os que mais gastaram com mídia digital, mas apenas US$ 6, em média. A pesquisa apontou ainda que, no Brasil, a televisão é o meio de comunicação mais popular. Em seguida, vem o rádio e os impressos.
Outro estudo, realizado em 2013 pela Jack Morton Worldwide, do Interpublic Group, através da pergunta ?Como você fica sabendo sobre as marcas??, feita com três mil consumidores do Brasil e mais cinco países, revelou que, para os brasileiros, a mídia tradicional é a principal fonte de informações sobre produtos.
Segundo o publicitário e sócio da Free Multiagência, Romeu Reichert, a mídia tradicional é fundamental para dar peso ao anunciante. ?Como as redes sociais são muito semelhantes ao antigo e ainda utilizado ?boca a boca?, o consumidor resiste em aceitar as marcas que não têm visibilidades e, consequentemente, pouca credibilidade?.
Segundo o publicitário, hoje, ao invés de rivalizarem, as duas plataformas ? tradicional e digital ? se complementam, afinal, a tradicional já usa as mídias sociais para se aproximar dos consumidores, bem como a digital usa as mídias tradicionais para divulgar sua existência e consistência.
No entanto, para o ano de 2014, a expectativa do eMarketer é de que 41,2 milhões de brasileiros utilizem smartphones, o que representaria um crescimento anual de 36%. Consequentemente, o tempo gasto com o aparelho também deve aumentar.
Um estudo realizado pela Millward Brown neste ano revelou que os usuários de smartphones e tablets no Brasil, entre 16 e 44 anos e que têm acesso a televisão, gastam mais tempo utilizando celulares do que qualquer outro dispositivo. São cerca de 150 minutos por dia. Laptops ficaram em segundo lugar, com 146 minutos; e a TV, em terceiro, com 113 minutos. Os tablets apresentam uma taxa de uso diário mais baixa.
Segundo outra pesquisa, feita pela PwC, o Brasil oferece ótimas oportunidades para os anunciantes na publicidade móvel, pois os brasileiros são os mais engajados em atividades de móveis, e também os mais interessados em interagir com a publicidade móvel. Além disso, os usuários brasileiros estão entre os mais propensos (junto com os chineses) a permitir o acesso das empresas às suas informações pessoais.
A PwC projeta uma taxa de crescimento anual de 27% para os gastos com publicidade móvel no mundo, entre 2014 e 2017, pulando de US $ 15 bilhões em 2014 para US $ 27 bilhões em 2017. Anunciantes e editores devem superar desafios significativos, tento tecnológicos quanto em relação à experiência do usuário, antes que possam maximizar o retorno sobre o investimento de publicidade móvel.
Saiba mais sobre a relação do consumidor com a mobilidade e as ações das empresas para acompanhar o ritmo do consumidor no painel “Snap chat, whatsapp e instagram – por onde anda e fala a geração z e a distância dela para as formas tradicionais de relacionamento com as empresas”.