O nome de Steve Easterbrook voltou a ser notícia na imprensa internacional. Após 8 meses de sua demissão, o ex-CEO do McDonald’s está sendo processado pela rede de fast food com acusações de mentira e fraude durante investigação sobre sua conduta no ano passado. Na época, Easterbrook foi acusado de manter relação inapropriada com uma funcionária, mas pediu desculpas e alegou que, além de consensual, o relacionamento não era físico, apenas por textos e vídeos. Também garantiu que nunca havia tido uma relação sexual com um subordinado. Para evitar maiores problemas, o conselho decidiu demiti-lo sem justa causa, assim ele pode receber dezenas de milhões de dólares em indenizações.
De acordo com publicação do New York Times, porém, no mês passado o McDonald’s recebeu uma informação anônima de que Easterbrook havia tido um relacionamento sexual com outra funcionária enquanto exercia o cargo de CEO. Uma nova investigação foi aberta, desta vez mais minuciosa. E foram encontradas evidências de que Steve teve relações sexuais não apenas como uma, mas com três funcionárias no ano anterior à sua demissão.
“Essas evidências consistem em dezenas de fotos e vídeos de nudez, ou nudez parcial, com conteúdo sexual explicito de várias mulheres, incluindo essas funcionárias da empresa. Easterbrook os enviou como anexos de mensagens de sua conta de e-mail corporativa para a pessoal”, afirma o McDonald’s ao chamar as imagens de “evidências indiscutíveis”.
Dessa forma, foi dada entrada num processo contra Easterbrook nesta segunda-feira. A base está na cláusula do contrato de demissão do ex-CEO: “se, no futuro, o McDonald’s determinar que um funcionário foi desonesto e realmente merecia ser demitido por justa causa, a empresa tem o direito de recuperar os pagamentos de indenizações”.
Além de alegar as relações sexuais inapropriadas e tentar recuperar as ações e compensações dadas para Steve, a ação movida no Tribunal estadual de Delaware afirma que o ex-CEO deu milhares de dólares em ações para uma de suas relações.
“Se Easterbrook tivesse sido franco com os investigadores e mantido as evidências, o McDonald’s teria motivo legal para demiti-lo em 2019”, afirma texto do processo. Nesse caso, o executivo não receberia ações e indenizações da empresa.
Antes das acusações do ano passado, Steve era visto como um salvador do McDonald’s. As ações da empresa chegaram a dobrar durante a sua gestão.
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