Parece que não é apenas a General Motors que anda pecando no controle de qualidade dos seus automóveis. A Hyundai anunciou o recall de 419 mil veículos em três modelos diferentes nos Estados Unidos. 225 mil veículos Santa Fe fabricados entre os anos 2001 até 2006 foram convocados para terem as molas dianteiras substituídas. As suas bobinas podem enferrujar ou rachar quando submetidas a baixas temperaturas e ou ao sal da estrada, comum em certas regiões dos Estados Unidos.
O sedan Sonata fabricado em 2011 teve 133.075 veículos convocados para o recall, por causa de vazamento de fluído de freio, que pode dificultar a frenagem do veículo. Por o último, 61.122 unidades da Veracruz foram chamados por causa do óleo que pode vazar para o alternador fazendo o veículo ter parada do motor. Segundo informações, não há relatos de acidentes ou danos relacionados a estes veículos.
A General Motors sofreu um mega recall no início do ano por uma investigação conduzida por parlamentares dos Estados Unidos. Isso se deve aos defeitos encontrados em veículos por todo o mundo e que podem ter causado a morte de 13 pessoas.
A culpa é de quem?
O professor de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI, William Maluf , em entrevista ao site iCarros, explica que é difícil creditar o aumento do número de recalls a uma questão específica, mas detalha uma série de fatores que colaboram para o surgimento de problemas nos veículos. ?O corpo diretivo das montadoras costuma acreditar que deve cada vez mais reduzir o tempo de produção dos veículos. Por isso, desenvolvimento, validação e lançamento pode ser menor que aquele tecnicamente necessário?, alerta. Além disso, Maluf explica que a carga tributária no Brasil implica numa série de reduções de custos que podem colocar em xeque a qualidade de certos itens, além de explicar que a adoção de novas tecnologias e componentes eletrônicos pode aumentar substancialmente o número de falhas.