A Flywheel Digital chegou ao Brasil em grande estilo, com um evento em São Paulo que contou com a apresentação de painéis sobre retail media, futuro do e-commerce e execução digital com um grande time de especialistas como Alex McCord, CEO da Flywheel Digital; Juan Jensen, economista e sócio das empresas 4E Consultoria e da 4intelligence; e Xian Wang, vice-presidente de Retail Insight da Edge by Ascential.
Em sua apresentação, McCord pontuou que a Flywheel tem uma verdadeira escala global, que ultrapassa as tarefas de execução. Em 2023, a equipe interna e os parceiros no varejo unificaram o negócio para facilitar a integração. “A proposta de valor da empresa é oferecer soluções simplificadas para um mundo complexo, bem como soluções de serviço e gestão que superem as dificuldades de mercado da América Latina“.
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O retail media é uma peça essencial nesse quebra-cabeças, e para o CEO da Flywheel, “retail media leva ao aumento de vendas e de share. É um modelo em que todo mundo sai ganhando. Se o poder de compra não estiver vantajoso, pensamos como criar essa vantagem. Quando olhamos palavras-chave, são 688 milhões de possibilidades de criar uma proposta. É um desafio e complexidade para as marcas que querem acertar. Mas a visão da Flywheel é ser a plataforma número um globalmente a impulsionar o comércio digital”, destaca McCord.
O Brasil tem suas particularidades em comparação com outros país, desde o grau de exigência do consumidor brasileiro ao contexto econômico nacional. O economista Juan Jansen avalia que as tendências macroeconômicas do Brasil estão em uma trajetória positiva, levando em conta os impactos da pandemia, as perspectivas do PIB global, a recuperação e o processo de alta de juros em outros países.
“Estima-se uma trajetória de crescimento bastante vinculada ao agro, à frente até mesmo da indústria e dos serviços. Importante separar setores que dependem de emprego e de renda, e os que dependem de crédito. Os que dependem de emprego têm bom desempenho em 2023, e de crédito não. A taxa de desemprego na pandemia trouxe seus impactos. O Brasil, felizmente, em 2023 deve ter um crescimento próximo ou acima de 2022”, explica Jansen.
Perspectivas para o varejo
Já Xian Wang, na apresentação “Retail media e omnichannel: o futuro do varejo na América Latina”, aponta estratégias de varejistas e marcas para se adaptar ao cenário latino-americano, bem como a evolução delas e a oportunidade única que elas trazem.
“Os shoppers têm ido para o online. É cada vez mais raro vê-los focados em um só canal e os dados mostram isso: 53% dos brasileiros utilizam o celular enquanto estão nas lojas, e 63% fazem isso enquanto estão vendo outras coisas. No e-commerce, os principais varejistas estão mudando para a experiência omnichannel, porque o shopper é mais lucrativo”, comenta.
“Precisamos pensar como os varejistas integram on e off, porque o digital impacta o mundo físico. Vemos interação nas lojas físicas, e algumas experimentações onde as pessoas provam depois de conhecer no online. Pensando onde os varejistas estão investindo, são modelos de futuro financeiramente viáveis, e tudo isso está no marketplace: muitos compradores, mais visibilidade e poder monetizar a atenção. Isso muda a forma de operar que existia no passado e acaba alterando também a dinâmica da conversa entre marcas e varejistas”, acrescenta Wang.
Leia mais: Panorama e perspectivas para o e-commerce em 2024
Futuro do e-commerce
Em seguida, líderes de grandes marcas no Brasil se reuniram para um debate sobre estratégias e futuro do e-commerce e como oferecer uma experiência com menos fricção e mais vendas, além das estratégias de construção do funil.
“Temos que desconstruir a jornada; ela deixou de ser tão linear. Quando pensamos nisso, falamos sobre o poder de termos diversos pontos de contato ao longo da jornada dele, seja ela linear ou não. O poder que temos e como vamos impactar o cliente na jornada dele, como será construída a conversão, vai de acordo com todos os insights que coletamos e como entregamos isso”, pontua Celia Goldstein, General Manager na Amazon.
“Vemos um papel muito forte na América Latina, de trazer esse conceito de retail media. A oportunidade são esses inúmeros pontos de contato que temos todos os dias com as pessoas, buscando, navegando, eventualmente até deixando salvo o item para converter em outro momento. Fazemos estudos para acompanhar as tendências dos consumidores, e oito em cada 10 buscam primeiramente no marketplace. Então, você tem o início da jornada, de fato, dentro do ambiente onde ele pode desde conhecer a converter”, frisa Fernanda Nakasaki, head of Industry no Mercado Livre.
Durante o debate, os líderes falaram também sobre a jornada phygital e o ponto de vista das marcas, as melhores práticas e estratégias ao intercalar o físico e o digital.
“Como indústria, é um grande desafio. É necessária uma parceria aberta e transparente, para compartilhar realmente dados para que sejam analisados do ponto de vista dos nossos produtos a necessidade do shopper e endereçar da forma correta para o canal do comércio também. Nós precisamos ter a velocidade de interpretar isso e trazer os insights necessários para a mudança do negócio. Entendemos que a rentabilidade vem dos dois lados”, explica Alexandra Gomes, gerente de e-commerce e CRM na Unilever.
“O grande desafio da Logitech é vender um produto de ticket alto. O brasileiro é empreendedor, tanto que aqui há mais marcas de mouse que a China. São 98 marcas no mercado brasileiro. Nós temos o desafio de como vender o produto, convencer o consumidor a gastar mais. Vale a pena investir no funil como um todo, desde a conversão ao topo. Isso faz toda a diferença”, comenta Jairo Rozenblit, head da Logitech no país.
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