Sem dúvidas você já viu a palavra “experiência” no nome de inúmeras estratégias, sobretudo nos últimos dois anos. É User Experience (UX) para cá, Customer Experience (CX) para lá, Brand Experience (BX) por ali e a lista de ‘X’ só cresce… Mas, embora esses três primeiros sejam bem mais comuns, há um quarto termo que tem ganhado muita relevância nos últimos tempos. Afinal, será que você já ouviu falar sobre a experiência que não tange o diretamente cliente, mas sim os colaboradores?
O Employee Experience (EX), ou a experiência do colaborador, é uma daquelas estratégias que normalmente é deixada de lado — e se torna, em um futuro próximo, um grande problema para a maior parte das empresas. Parece óbvio dizer, mas sem um ambiente proveitoso de trabalho, é difícil que um trabalhador se sinta bem para realizar seu trabalho de forma eficiente. E isso, consequentemente, afeta a percepção final do consumidor, ou seja, sua experiência com a marca.
Assim, a partir da percepção de que a experiência final do cliente começa com o colaborador, os olhares das empresas começam a mudar. “Agora, com a popularização do home office, oferecer uma boa adaptação e soluções práticas para seu grupo, é essencial”, explica Paula Sino, gerente comercial da Assine Bem.
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Employee Experience além do discurso
Ter um ambiente de trabalho nocivo não é exatamente um problema novo das empresas. Tão comum é essa tratativa que há uma série de regras trabalhistas para combater determinadas práticas e atitudes. Para se ter ideia, um estudo da Social Base relatou que apenas 13,4% das corporações têm um orçamento voltado à execução de estratégias direcionadas ao público interno.
Entretanto, é um fato que nunca se falou tanto sobre o bem-estar do colaborador como nos últimos anos: as mídias estão cheias de conteúdo sobre um ambiente mais amigável e aconchegante — e o quanto essa maneira de relacionamento entre a marca e o trabalhador pode ser produtiva para os negócios.
No caso do customer experience, os resultados são evidentes: um colaborador que tem uma boa experiência dentro da empresa também consegue transmiti-la melhor para o cliente da marca, o que potencializa (e muito) o futuro dos negócios. Desde então, as companhias têm feito grandes esforços para adaptar a jornada de trabalho de seus funcionários.
Uma dessas estratégias é a promoção de feedbacks mais frequentes, que proporcionam um clima favorável, entre outras conversas constantes sobre o bem-estar da equipe e onde o relacionamento enfrenta problemas. Mais do que nunca, 2022 se apresenta como um reforço do lado humano da equação — de ambos os lados do balcão.
Outro ponto que vem forte com a pandemia é avaliar o que é melhor para que o colaborador possa desempenhar bem suas funções, uma estratégia que precisa estar presente desde o desenvolvimento dos processos seletivos. “Nos dias atuais, tudo é muito dinâmico e, ao pensar em um processo, é preciso levar isso em consideração. As pessoas não têm tempo para deslocamentos e trâmites, então quanto mais agilidade você possuir na sua companhia, melhor será”, destaca a especialista.
Esse debate está bastante mesclado ao home office ou trabalho híbrido, que também é tendência para esse ano, seja para o colaborador que está na empresa a anos ou para aquele que acabou de chegar. Afinal, o que é melhor para cada um? Da mesma forma como o consumidor demanda uma camada de personalização na hora de efetuar uma compra, o funcionário precisa ser individualizado quanto as suas necessidades para trabalhar.
“Se você cria uma novidade, mas ela não melhora a vida de ninguém, não faz nenhum sentido. Toda inovação deve ser para otimizar e evoluir algo”, acrescenta Sino.
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Os pilares do bom Employee Experience
Segundo a Gupy, plataforma usada para divulgação de vagas de emprego, há uma série de ações que promovem um local mais acolhedor aos funcionários. “Para muitos colaboradores, as empresas onde atuam representam sua segunda casa. Muitas vezes esses profissionais passam mais tempo com seus colegas de trabalho do que com seus familiares. Logo, é fundamental otimizar a experiência desses indivíduos no trabalho para promover um bem-estar físico, psicológico, financeiro e competitivo”, ressalta a empresa em seu blog de Recursos Humanos.
Para a companhia, é fundamental que as empresas invistam em um enriquecimento de ambiente composto por três pilares: físico, tecnológico e cultural. São esses os três primeiros esforços para, de fato, melhorar a experiência do colaborador de maneira efetiva — ou seja, além do discurso.
No caso do ambiente físico, a Gupy destaca algumas dicas. “Aqui, a companhia deve oferecer um espaço de atuação agradável, com boas refeições e uma infraestrutura acessível, segura e confortável”, ressalta em seu portal.
Para a tecnologia, é preciso lembrar de ter um orçamento voltado a esse segmento. “A organização deve comprometer-se com os avanços tecnológicos e oferecer ferramentas modernas e que otimizam a rotina de trabalho do colaborador, tais como plataformas de treinamento online, por exemplo. Dessa forma, o funcionário poderá se atualizar no momento em que for mais oportuno a ele, tornando-se mais qualificado e engajado”, complementa o artigo.
Por fim, para a parte cultural, é necessário ir além do investimento comum e voltá-lo para o cerne de todo negócio: o humano. “A empresa deve cuidar de seu estilo de liderança, para que ele seja o mais justo e alinhado à cultura organizacional possível, promovendo influência positiva na maneira de pensar, sentir e atuar do time”, completa a publicação.
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