Tenho pensado muito sobre períodos de transição. Sobre esse espaço-tempo ambíguo e, por vezes, confuso. Um estado de expectativas em suspensão no qual ainda não há o orgulho ou a recompensa pela conquista almejada.
Não é difícil perceber que, no geral, não gostamos de debater sobre o “meio do caminho”. O “meio” não dá ibope (ou, no jargão moderno, engajamento). Em processos seletivos, nas conferências ou nos rankings de inovação, são “os inícios e o finais” que recebem as honrarias.
Mas os períodos de transição vieram para ficar e precisamos pensar neles.