Muitos mercados – se não todos – estão aos poucos fazendo a sua migração do modelo físico e tradicional para uma economia online e digital. Bancos, seguros, vestuário, viagens, caronas são algumas coisas que hoje já podem ser adquiridas e manejadas online.
De todas elas, porém, há uma que deve atingir a maturidade digital mais rápido que as demais: as compras de supermercado. Ao menos é esta a visão da Nielsen, que, no final do ano passado, iniciou um projeto de investigação do mercado de alimentos digital, em parceira à associação internacional de varejistas do setor Food Marketing Institute (FMI).
Pesquisas iniciais das entidades indicam que a compra de frutas, verduras, legumes e outros alimentos pela internet deve atingir a sua maturidade em menos de uma década nos Estados Unidos, o que à coloca em uma velocidade maior de migração que várias outras indústrias.
Em 2025, a expectativa é que 20% de todas as compras de alimentos sejam feitas por plataformas online, chegando a movimento US$ 100 bilhões ao ano. Para se ter uma ideia, este seria o equivalente ao que hoje é vendido por 3.900 mercados físicos somados.
O objetivo da parceria é alimentar anualmente a pesquisa intitulada “Digitally Engaged Food Shopper”. Veja algumas desobertas prévias destacadas pelas Nielsen:
Mais dinheiro para a internet
Atualmente, 23% das famílias americanas já fazem alguma parte de suas compras online. Destes, 60% estimam que, em dez anos, gastarão mais de um quarto de seu orçamento para o supermecado em compras pela internet.
Muitos testes, poucas soluções
Vários estabelecimentos e fornecedores já estão fazendo pesquisas e testes de modelos e tecnologias que os ajudem a se tornar online. Nenhum, porém, ainda encontrou o modelo ideal.
Transição rápida
O mercado de alimentação doméstica alcançará a maturidade e mesmo saturação digital mais rapidamente que outros setores que já começaram essa transição, como bancos ou publicações.
Consumidor jovem na dianteira
Consumidores mais jovens, que estão começando a fazer suas primeiras compras agora e são mais engajados digitalmente estão adotando às plataformas de compra de alimentos online mais rapidamente e são eles que irão acelerar essa expansão nos próximos anos.