Nos últimos dias 1 a 4 de dezembro, o São Paulo Expo, um dos maiores pavilhões da capital paulista, movimentou mais de 300 mil fãs apaixonados por cultura pop. A “volta para casa” da Comic Con Experience (CCXP), após dois anos no online, fez com que essa edição do evento fosse muito única — e “épica”, como os próprios organizadores gostam de chamar.
De quinta a domingo, não era difícil ver gente com os olhos marejados. Seja pela programação dos paineis, por ver um ator famoso ou visitar uma ativação imersiva da série ou filme favorito, a CCXP22 foi movida por sorriso no rosto e emoção.
No fim, artistas e amigos se reencontraram, sacolas cheias de produtos exclusivos saíram pelos portões, cosplayers impecáveis tiraram fotos e o clima do São Paulo trouxe uma certeza: existe aí uma intensa ansiedade para voltar no ano que vem.
A questão é: como a CCXP conseguiu reunir 300 mil pessoas em quatro dias e, apesar das filas quilométricas, ainda assim deixá-las radiantes? De fato, foi nos detalhes que a feira ganhou o coração do público. Mas o segredo mesmo está no ‘X’ sigla.
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CCXP: O evento em que o maior ativo é a experiência
É evidente que, por ser uma feira bem comercial, a CCXP está sempre abarrotada de produtos por todos os cantos. A cada duas ativações existe uma loja pronta para vender algo exclusivo, único do evento e que, muitas vezes, só pode ser encontrado por lá. Mas não é por isso que as pessoas gastam entre R$ 140 e mais de R$ 3000 nos ingressos para a CCXP.
Quem se propõe a comprar os quatro dias de evento o faz para aproveitar o que a feira oferece de melhor: a experiência. Afinal, desde a recepção das credenciais até a estadia do evento, tudo é pensado por meio dela, da emoção que a feira passa, do que não é físico, mas fica na memória dentro dos painéis e estandes — às vezes registrado por uma foto.
Neste ano, os estandes das grandes produtoras, estúdios e plataformas de streaming — Disney +, Netflix, HBO Max, Warner, Universal, Paramount e mais — foi ainda mais pensado pelo viés da experiência de criar uma lembrança saudosista daquele momento, acompanhado por artistas e cenários de séries que estiveram com o público durante os dois anos de reclusão da pandemia.
De navio em tamanho real de “Anéis do Poder“, brincadeiras de “Round 6” e ativações no escuro de “The Last of Us” aos espaços instagramáveis baseados nos quadrinhos da “Turma da Mônica“, a CCXP trouxe uma experiência que cabia em todos os ‘bolsos’ do público — tanto para quem investiu para ver os painéis quanto para quem só veio visitar a feira.
E a receita deu certo: milhares de pessoas saíram com fotos dentro das ativações — e um ou outro brinde da experiência para levar para casa e guardar com carinho.
A Comic Con Experience mostrou que experiência vende (e cativa)
Com um novo formato relacionado aos famosos que visitaram a feira, a CCXP também mostrou que o investimento na experiência — sobretudo quando é produzido para um público cativo e apaixonado como os fãs de cultura pop — não só vende bem, como também fideliza.
Todo ano, a programação traz um enfoque característico na feira e também nos painéis — esses últimos restritos a um público que paga mais caro para ter acesso a trailers e informações inéditas de lançamentos futuros dos grandes estúdios, além assistir a interações com os atores, diretores e produtores internacionais que participam das próximas estreias do cinema e do streaming.
Mas em 2022, até quem comprou o ingresso mais simples teve o ‘gostinho’ de ver seu ator favorito de perto. Antes ou depois da programação dos painéis, que continham as informações exclusivas e um tempo longo da presença dos astros de Hollywood, os artistas faziam uma rápida passagem pelo espaço do Omelete — criador da feira no Brasil —, para uma entrevista curta e para ver o público completo da feira mais de perto.
Estiveram no Brasil atores globais como Keanu Reeves, Hugh Grant, Chris Pine, Paul Rudd, Evangeline Lilly, Zoe Saldaña, Pedro Pascal, Bella Ramsay, Gwendoline Christie, Jenna Ortega e muitos outros, que a cada fala, fizeram o chão do São Paulo Expo tremer.
Essa mudança na disposição do evento deixou a experiência ainda mais incrível, posto que deu a chance de todos verem os convidados que vieram ao Brasil só para o evento.
Um legado para 2023
E para 2023, o legado continua em nível alto. A CCXP mostrou que consegue cativar seu público, que tem mais a oferecer além de um produto físico. E mostrou, também, o quanto a feira pode ser lucrativa.
Marcas tradicionais como Lupo, Outback, China in Box, Fanta, Chilli Beans, Faber Castell, Estrela, Pernambucanas, Riachuelo e outras tiveram o estoque quase esgotado até o fim do evento.
E fica o aprendizado: a experiência vende, cativa e, quando alinhada a um público fiel e consumista, cria uma receita que é, de fato, insuperável.
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