Comportamento

No Brasil, taxa de desemprego é maior entre geração Z e millennials

Segundo dados divulgados na PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a distribuição de pessoas desocupadas por idade no terceiro trimestre de 2023 deixa os que têm entre 25 e 39 anos no primeiro lugar no ranking do desemprego (35,2%). Em seguida, aparecem aqueles com idade entre 18 e 24 anos, com um percentual de 29,4%.

No mesmo cenário, a pesquisa Deloitte Global 2023 Gen Z e Millennial mostrou que ambos os grupos têm grandes expectativas, mas que nem sempre são atendidas. Exemplo disso é que menos da metade dos Zs (48%) dos millennials (44%) acreditam que os negócios têm um impacto social positivo na sociedade. O estudo mostra ainda que, neste ano, apenas 34% dos gen Z estão satisfeitos com o trabalho e equilíbrio de vida, enquanto entre os millenials essa satisfação cai para 31%.

Custo de vida, desemprego e mudanças climáticas são preocupações entre geração Z e Millennials

Ao mesmo tempo em que o desemprego tem apresentado grandes números entre a geração Z e os millennials, esses grupos têm se preocupado com os custos de vida. Aliás, essa tem sido a principal preocupação entre as faixas etárias. Diante dos aumentos de preços, 35% dos que nasceram entre 1995 e 2010 estão receosos, enquanto entre a geração anterior essa apreensão sobe para 42%. O medo do desemprego, em comparação com 2022, aumentou dois pontos para a geração Z, estando classificado em segundo lugar (22%). Já entre os millennials, a taxa é de 20%.

Apesar da geração Z estar mais propensa do que os millennials a acreditar que suas finanças pessoais irão melhorar no próximo ano (44% contra 35%), mais da metade da geração Z (51%) e da Millennial (52%) dizem que vivem de salário em salário. A insatisfação com a remuneração faz com que aqueles que estão empregados vão em busca de outros empregos.

A busca por novas oportunidades de trabalho mostra ainda como a estabilidade empregatícia é afetada pela insatisfação com seus salários. Prova disso é que mais da metade da geração Z (55%) está na função atual há menos de dois anos. Entre os millennials, esse percentual cresce para 57%. Já aqueles que trabalham no mesmo local há mais de cinco anos são 46% e 47% entre geração Z e millennials, respectivamente.

Mais preocupações econômicas, e menos capacidade de planejar o futuro

Nesse cenário, 46% da Geração Z e 37% dos millennials têm procurado emprego remunerado de meio período ou de tempo integral, além de seu trabalho principal.  As principais ocupações buscadas incluem a venda de produtos ou serviços on-line (21% da geração Z e 25% dos millennials); envolvimento em trabalhos temporários, como entrega de comida ou aplicativos de compartilhamento de carona (20% da geração Z e 19% dos millennials); ambições artísticas (18% da geração Z e 15% dos millennials); e influência nas mídias sociais (16% da geração Z e 15% dos millennials).

Porém, apesar dos empregos paralelos, tanto geração Z como os millennials, vivem um ambiente incerto. O cenário de precariedade financeira faz com que o planejamento de um futuro com antecedência se torne mais difícil. Entre aqueles que pensam que a situação económica permanecerá igual ou piorará, eles dizem que:

  • 56% da Geração Z e 55% dos millennials acham que será mais difícil ou impossível pedir um aumento;
  • 52% da geração Z e 51% dos millennials acham que será mais difícil ou impossível conseguir um novo emprego;
  • 50% da geração Z e 49% dos millennials consideram difícil ou impossível conseguir uma promoção;
  • 50% da geração Z e 47% dos millennials esperam que começar uma família se torne mais difícil ou impossível;
  • 1% da geração Z e 62% dos millennials afirmam que comprar uma casa se tornará mais difícil ou impossível.

Apesar de desafios, busca por uma vida equilibrada continua

O estudo mostra ainda uma vontade entre os jovens para que a vida esteja equilibrada. Aliás, a capacidade de equilibrar o profissional com a vida pessoal é admirada tanto pelos que estão na faixa etária do grupo Z (26%), como para os que são considerados millennials (28%).



Jessica Chalegra

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