Comportamento

Retomada de expansão da aviação no Brasil apresenta otimismo

O mais recente levantamento divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelou dados promissores para o setor de aviação no Brasil, registrando uma recuperação notável após o impacto da pandemia de COVID-19. O estudo, que abrange dados até setembro de 2023, apontou um aumento expressivo de 5,1% na demanda doméstica de passageiros em comparação com o mesmo período de 2022.

No mercado internacional, a alta foi maior, atingindo 24,6% no período de setembro de 2022 a setembro de 2023. Esses números mostram uma tendência de otimismo para as companhias aéreas brasileiras, já que apontam para uma retomada gradual das operações globais e o retorno da confiança dos passageiros.

Vale ressaltar que, em época de pandemia, as companhias viveram um cenário bastante desafiador no mundo, ao restringir as operações e enfrentar uma queda brusca na demanda por voos. No entanto, apesar do avanço apresentado, os números revelam que o setor ainda não atingiu os patamares registrados em 2019, período pré-pandemia. No mercado doméstico, há uma pequena retração de 0,6%, enquanto no mercado internacional a queda é de 2,9%. Essa exceção ressalta a complexidade da recuperação total e os desafios persistentes enfrentados pelas companhias aéreas em sua busca pela normalização.

O futuro da aviação brasileira parece promissor, com expectativas de um retorno gradual e a retomada do protagonismo do país no cenário aéreo internacional. O setor agora busca consolidar e expandir esse crescimento, aproveitando as lições aprendidas durante a crise para fortalecer suas operações e proporcionar aos passageiros uma experiência ao cliente positiva.

Esse pequeno déficit, segundo especialistas, é uma janela de oportunidades e mostra que o Brasil tem tido fôlego para se recuperar e crescer: “Após o baque, existe potencial para uma expansão extraordinária no setor, o que requer uma abordagem jurídica e comercial estratégica, assim como políticas públicas de suporte”, explica João Roberto Leitão de Albuquerque Melo, membro da Comissão de Direito Aeronáutico na OAB-RJ, CEO e sócio-fundador do escritório Albuquerque Melo Advogados.

“Esperamos um mercado de aviação mais robusto e dinâmico nos próximos anos, em decorrência, dentre outros fatores, dos recentes movimentos da Anac, simplificando as regras para a entrada de empresa aéreas estrangeiras e seus esforços para a divulgação internacional do seu processo simplificado de autorização, incluindo o lançamento do hotsite Fly2Brazil”, pontua João Roberto.

Oportunidades para Empresas Aéreas Internacionais

Com a intenção de promover uma transformação no cenário da aviação brasileira, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou uma iniciativa ambiciosa no final de outubro. A agência reguladora busca cooperação na concorrência no setor aéreo, fortalecer as conexões do país com destinos internacionais e democratizar o acesso ao transporte aéreo a médio prazo.

As iniciativas para desburocratizar o processo de entrada e operação de empresas estrangeiras no país tem como mudança a redução drástica no prazo para a obtenção da Autorização de Operação junto à ANAC. No caso de voos regulares, esse período foi reduzido de 270 para aproximadamente 30 dias, enquanto para voos de fretamento, as aprovações podem ser emitidas em até 10 dias.

“Potencialmente, podemos vislumbrar um mercado mais competitivo e que impulsionará a qualidade dos serviços e da eficiência operacional. A entrada de novos players proporciona uma variedade de oportunidades de investimento em infraestrutura, tecnologia, serviços de apoio, entre outros, com potencial impacto positivo na aviação regional do país, melhorando a conectividade e a acessibilidade para áreas remotas do Brasil”, avalia João Roberto.

Investimentos x autorizações

Em maio de 2024, a londrina Virgin Atlantic começa a operar no país, com voos diários entre São Paulo e Londres. A Arajet, da República Dominicana, também foi autorizada a voar no Brasil, com três voos semanais de Santo Domingo para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No total, 33 companhias aéreas estrangeiras estão autorizadas a operar voos comerciais no país.

Recentemente, a Emirates, anunciou uma ambiciosa estratégia de investimento que visa aprimorar a eficiência operacional e garantir o desempenho de sua frota de dois andares ao longo da próxima década. A companhia anunciou acordos ultrapassando a marca de 1,5 bilhões de dólares, solidificando parcerias com uma extensa rede de fornecedores e especialistas em serviços de pós-venda, manutenção, reparo e revisão (MRO).

Entre os parceiros estratégicos da Emirates estão gigantes do setor, como Honeywell, Collins Aerospace, Pratt & Whitney, Safran, Lufthansa Technik, OEM Services, Gameco, Haeco, e outros especialistas renomados.



Bianca Alvarenga

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