Garantir a qualidade de vida da equipe de trabalho vai além da obrigação legal. Bons gestores sabem que um total compensation bem-sucedido garante o engajamento dos colaboradores e retenção de talentos para a escalada dos negócios.
Uma das estratégias mais efetivas e práticas para aderir a essas tendências e atender times cada vez mais plurais, formados por pessoas com distintos perfis e necessidades, são os benefícios flexíveis. Companhias que acolheram e apoiaram seus colaboradores nos últimos anos ganharam em produtividade, principalmente durante a pandemia. O isolamento social deixou clara a necessidade de cuidar do funcionário além do ambiente de trabalho.
Um estudo da Team Upp, por exemplo, mostrou que 77% das empresas brasileiras estão desenvolvendo ações para se consolidar como marcas empregadoras fortes. Entre as principais ações apontadas para otimizar a experiência de trabalho estão investimento no apoio psicológico e financeiro, flexibilização dos horários e adoção do home office.
O modelo flexível vem ganhando espaço quando comparado a vales-refeições, assistência médica e outros. De acordo com uma pesquisa realizada pela Leme Consultoria, o sistema atingiu um total de 44,2% entre todos os benefícios trabalhistas em 2022, perante 26,2% no ano anterior.
A capacidade de adaptação à realidade de cada colaborador atende um número maior de demandas e necessidades pessoais. Embora o carro-chefe seja alimentação e refeição, hoje algumas empresas já oferecem auxílio-combustível, vales-cultura que são aceitos em cinemas, teatros e museus, auxílio-creche, previdência privada, entre outros.
Empresas precursoras, como o Google, oferecem refeições gourmet, licença-maternidade e paternidade longa e até benefícios pós-morte. Em sua sede, na Califórnia, o escritório disponibiliza academia, sala de jogos, quadras de basquete e pistas de boliche, além de barbearia, massagista e lavanderia para os colaboradores.
Além disso, os benefícios são unificados em um só cartão, que opera associado às grandes bandeiras de maior adesão nos estabelecimentos. Em vez de operarem como os tradicionais vales, que podem ou não ser aceitos em determinados locais, esses funcionam como um cartão de crédito ou débito normal na hora de pagar a conta. Essa transformação ilustra a evolução e humanização trabalhista, bem como o olhar dos líderes sobre sua equipe, mapeando e atendendo necessidades reais.
Qualquer empresa, independente do seu tamanho, pode oferecer um pacote de benefícios flexíveis e essa mudança pode fazer toda a diferença na hora de um profissional aceitar uma vaga, na evolução do negócio, e, principalmente, na valorização de pessoas.
*Por Matheus Moretti Rangel, CGO da Niky