As transferências noturnas do Pix, realizadas entre pessoas físicas, terão um limite de R$ 1 mil no período noturno. A alteração foi anunciada nesta sexta-feira, 27, pelo Banco Central, em uma coletiva de imprensa, e age em resposta a uma pressão de instituições financeiras frente ao número de fraudes e sequestros crescente.
“Essa intervenção protege o patrimônio das pessoas, não diminui a usabilidade e desincentiva alguns crimes, como o sequestro relâmpago, se o fruto do crime pode ser apenas R$ 1 mil”, disse o diretor da Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello. A previsão é de que as medidas comecem a ser implementadas em algumas semanas.
Além do estabelecimento do novo limite de transferência, o Banco Central anunciou também o prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que as instituições aprovem os pedidos para aumento dos limites de transação. Em canais presenciais, a alteração será realizada imediatamente. Outra medida efetiva é para a possibilidade do cadastramento de contas que poderão receber Pix acima dos valores estabelecidos e a retenção das transações por 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite, para a análise de risco da operação.
Pacote contra fraudes ampliado
A fim de assegurar a maior proteção em transações financeiras, as medidas contra fraude e crimes também serão implementadas em meios de pagamento realizados em canais digitais, ou seja, TED, DOC e transferências intrabancárias.
O Banco Central determina ainda que adeptos do Pix dividam com as autoridades de segurança pública as informações sobre transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas, além de exigir das instituições reguladas controles adicionais sobre fraudes.
Por fim, a instituição lembra também que os clientes podem colocar os limites de suas transações em zero, como mais uma opção de segurança.
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