Nunca foi tão complicado envolver clientes em todo o mundo. Da rapidez das mídias sociais às incertezas políticas, o marketing global é um desafio que apenas os melhores conseguem dominar.
Durante o painel “O marketing em 2020”, no Web Summit Lisboa, Fernando Machado, CMO do Burger King, Gail Heimann, CEO da Weber Shandwick, Katia Bassi, CMO da Lamborghini e Marty Swant, repórter da Forbes, que foi a mediadora, apresentaram as tendências e desafios que o próximo ano reserva para o setor.
Confira as principais tendências de marketing em 2020:
1. CAPACITE PESSOAS A SEREM ÁGEIS
Para Fernando Machado, que leva em seu currículo diversas campanhas publicitárias premiadas, o segredo será administrar o tempo, se manter ágil diante de diferentes marcas e personalidades, capacitando as pessoas certas para fazer cada trabalho e garantir que elas estejam seguindo a sua mesma visão.
“Temos uma equipe muito forte e uma cultura muito forte no Burger King”
2.COMPARTILHE METAS E ESTRATÉGIAS
Saber cascatear as metas da empresa para todos os níveis de colaboradores também é fator decisivo para o desempenho dos times de marketing. E o segredo é entender qual é o principal objetivo estratégico da marca e levar isso para o monitor de cada um.
3. USE A CRIATIVIDADE COM RELEVÂNCIA
A criatividade pode ser uma fonte de vantagem competitiva, por isso, jamais subestime a inteligência do consumidor.
“Entregue algo relevante para o público-alvo específico”
Fernando Machado, CMO do Burger King
4. OFEREÇA EXPERIÊNCIAS PARA OS CLIENTES
Pense em interação pessoal e como isso se relaciona com sua a marca. É muito importante ter uma conexão direta com os clientes. “Temos a sorte de ter uma base de clientes muito jovem. Eles são muito enérgicos. Portanto, para nós é fundamental organizar atividades onde eles podem testar o carro, mas talvez tenham um relacionamento pessoal com o executivo da marca, porque o mais importante para ele não é ser um número”, diz Bassi sobre a Lamborghini.
“Clientes adoram a ideia de que têm um relacionamento pessoal com a marca e sentem que realmente são alguém para a empresa”
5. USE DADOS COM PERSONALIZAÇÃO
Não importa qual canal ou tecnologia. Entenda o comportamento digital daquele indivíduo. “Mesmo que saiba usar dados, você ainda precisa lembrar da ideia que te levou a criar aquele produto e em quem está pensando em usá-la”, aconselha Gail Heimann.
“São mais e mais dados para alcançar nosso consumidor de uma maneira otimizada e super personalizada, então foque no que a marca representa e como você diz isso a eles”
Fernando Machado, CMO do Burger King
6. ENCONTRE O PROPÓSITO DA MARCA COM VERDADE
No fundo, parece um monte de chavões, mas muitos consumidores têm pensado em como as marcas se relacionam com certas causas. E como a empresa pode definir seu propósito? “Apenas falar com pessoas por aí para parecer legal ou para tentar fazer parte da conversa, não funciona”, diz Bassi.
Quando a marca se apropria de uma causa, ela precisa viver de acordo com isso. As empresas se tornam responsáveis não apenas pela base de consumidores, mas também pela base de funcionários e partes interessadas.
“Para que a marca possa ter uma causa, pense bem se essa causa faz parta do seu ecossistema”
Katia Bassi, CMO da Lamborghini
7. CRIE UMA COMUNIDADE
Gail Heimann acredita que plataforma é onde está o público. E é de lá que vem o retorno de vendas.
“Podemos trabalhar em conjunto com algumas plataformas para resolver problemas que eram realmente difíceis de prever e, assim, criar diálogo”
8. PREVEJA A LEI DE PROTEÇÃO DE DADOS
A Lei de Proteção de Dados já vem mudando enormemente a maneira como os profissionais de marketing têm que pensar na personalização de anúncios baseada em dados internos e como isso afeta os negócios. Mas também levanta a questão de qual é a necessidade de estarmos tão conectados. A Lamborghini já vem se adequando. “Temos nossas equipes de tecnologia ao lado do jurídico para nos ajudar. Não tivemos experiências ruins nessa área, mas é algo que precisamos estar muito próximos. É uma coisa que todos estamos aprendendo”.
Na Weber Shandwick não é diferente. “É uma grande oportunidade de reeducar nosso pessoal sobre ética de dados. Temos novas equipes pra isso, pensando em como usar de maneira correta e apropriada”, conta Gail.
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