Em agosto do ano passado, a Volkswagen anunciou oficialmente o fim da Kombi. Na estrada desde 1951, o veículo teve sua produção finalizada em dezembro de 2013. O assunto teve repercussão mundial. Assim, não poderia ser tratado como algo “simples”.
A campanha de “deslançamento” da Kombi contou com a compilação de memórias dos internautas ligados ao veículo, colhidas pelo site oficial da ação. O resultado foi um vídeo de despedida do utilitário com seu “testamento”, além de um livro com todas as histórias contadas pelos consumidores.
No Brasil, o utilitário era montado em um galpão do bairro paulista do Ipiranga até 1953. Em 1957, passou a ter produção nacional na fábrica de São Bernardo do Campo (Grande ABC), sendo o primeiro modelo que a alemã produziu no país – quando ainda não fabricava nenhum carro fora da Alemanha.
Segundo o portal UOL, de setembro de 1957 até julho de 2013, foram produzidas 1.551.140 unidades do modelo na unidade fabril são-bernardense.
No Facebook da Volkswagen do Brasil, o post do vídeo “Os últimos desejos da Kombi” tem, até o momento, 13.271 curtidas e 9.095 compartilhamentos. No YouTube, as visualizações contabilizam 1.931.456.
Como apontou o professor Silvio Laban, coordenador geral dos programas de MBA Executivo da Insper, no Workshop Tendências & Soluções Euroshop 2014, para chamar a atenção dos consumidores, as empresas precisam atribuir significado à sua marca. “Muitas empresas estão investindo em contar sua história para seus clientes porque isso significa algo além da transação”.
Para encerrar o “ciclo” da Kombi, a Volks relembrou a história do veículo, aumentou a identificação de seus condutores e reforçou o que todos já sabiam: o utilitário é uma mania mundial.