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QUE FORÇA O FUTURO DEVE TER NO PRESENTE?

QUE FORÇA O FUTURO DEVE TER NO PRESENTE?

Considerando apenas os quatro meses logo após as explosões das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki (1945), morreram aproximadamente 240 mil pessoas. Apesar de os números serem incertos, acredita-se que mais de 100 mil pessoas morreram por conta do acidente nuclear de Chernobyl (1986). E ainda continuam morrendo por conta dos efeitos tardios. No dia 07 de maio de 2020, quando escrevo este artigo, já foram confirmadas 265 mil mortes oficiais por conta da COVID-19, e os números serão muito maiores ao fim da pandemia. Uma das grandes diferenças é que, enquanto os acidentes nucleares são razoavelmente localizados – pelo menos seu epicentro –, o vírus se difunde por todo o mundo. Qualquer lugar logo passa a ser um polo transmissor, o que dificulta muito combatê-lo. Pensando nestes números, lembrei-me de dois livros que foram escritos sob a égide da ameaça de extinção de nossa humanidade por conta da tecnologia atômica. Vale a pena retomá-los neste momento.

Ulrich Beck, em 1986, escreveu uma obra seminal denominada Sociedade de Risco. Para ele, “a produção social de riqueza é acompanhada sistematicamente pela produção social de riscos. Consequentemente, aos problemas e conflitos distributivos da sociedade da escassez sobrepõem-se os problemas e conflitos surgidos a partir da produção, definição e distribuição de riscos científico-tecnologicamente produzidos”. Beck faz uma constatação cruel: a riqueza é concentrada, os riscos são democráticos. E esses riscos têm um efeito bumerangue: um dia voltam contra quem os produziu. Mas quem detém alguma riqueza ainda pode se proteger melhor. Os demais estão à pura mercê dos fatos e sofrimentos.

Hans Jonas, em 1979, lançou um livro que já se tornou um clássico da filosofia: O Princípio da Responsabilidade. A tese central é de que a atual geração humana tem responsabilidades a cumprir perante as gerações futuras e o meio ambiente. Nós não temos o direito de propugnar um suicídio coletivo civilizacional. Todos nós deveríamos agir a partir de um imperativo categórico (incondicional) que pode ser assim formulado: deve existir uma humanidade. Para o autor, não temos o direito de apostar em um tudo ou nada.

“Se passarmos a levar seriamente o medo em consideração, poderemos conectar sentimentos e razão, o que possibilitará a tomada de decisões adequadas.”

Um fato a ser notado é que os dois autores citados reconhecem as dificuldades de enfrentar os riscos civilizatórios da atualidade na exata medida em que um de nossos lados (senão os dois lados) gosta da forma como vivemos: o mundo do hiperconsumo. E ambos os autores se perguntam: o que pode mobilizar as pessoas para que mudem seu modo de agir?

A resposta é comum: o medo. Para Jonas: a “filosofia da moral tem de consultar o nosso medo antes do desejo”. Para Beck: “a solidariedade por medo emerge e torna-se uma força política”. Mas ambos enfrentam o mesmo problema: será que o medo, que é um sentimento irracional, pode ser um bom alicerce para a construção de uma nova sociedade na qual a razão e a ética voltem a presidir as ações humanas? Difícil de responder…

Seja como for, proponho que reiniciemos nossa reconstrução pessoal e social constatando racionalmente nosso medo. Se passarmos a levar seriamente o medo em consideração, poderemos conectar sentimentos e razão, o que possibilitará a tomada de decisões adequadas. Para tanto, precisamos considerar uma pergunta de Hans Jonas: que força o futuro deve ter no presente? Não apenas o meu futuro pessoal, mas o futuro da civilização.

SUMÁRIO – Edição 284

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