Os três universos do varejo
- Por Iza Dezon
- 3 min leitura
REVISITO ANUALMENTE O ASSUNTO o Futuro do Varejo. Não é novidade que a pandemia revolucionou grande parte dos nossos hábitos e rotinas, nos levando a repensar desejos, propósitos pessoais e motivações. O impacto dessa transformação foi sentido diretamente na maneira como nos relacionamos com o consumo e acarretou a remodelação do universo do varejo. De acordo com uma pesquisa da consultoria Accenture, realizada em julho de 2021, 50% dos mais de 25 mil voluntários de 22 países afirmaram que mudaram os padrões e as prioridades de compra.
Apesar de preço, qualidade e demanda ainda serem pilares importantes, não são mais determinantes. A aceleração das transformações digitais, principalmente nos últimos dois anos, realinhou propósitos e mudou a(s) forma(s) de compra. Metaverso, Inteligência Artificial, sistemas sem toque, avatares e uma infinidade de palavras renovam o vocabulário do varejo. E, o que antes era mais restrito às projeções ou aos privilégios, hoje está cada vez mais popular e acessível. Por outro lado, a retomada da vida social acarreta na necessidade de transformar o varejo tangível e off-line em experiências mais exclusivas.
No estudo que a DEZON publicou em 2021 sobre O Futuro do Varejo, mapeamos três cenários comportamentais, sendo o primeiro relacionado às experiências on-line. No relatório Into the Metaverse (2021), da consultoria Wunderman Thompson, a confiança dos consumidores nas tecnologias só cresce: 76% dos entrevistados afirmam que suas vidas e atividades cotidianas dependem das tecnologias digitais e a maioria, (96%), entende que o digital é, sim, nosso futuro.
O segundo cenário é o phygital, em que a interação do varejo se funde entre o físico e o virtual e tais inovações atraem consumidores em busca de conforto e experiências surpreendentes. Segundo a IDC FutureScape (2020), 50% dos varejistas vincularão suas estratégias às transformações digitais até 2023.
Já o último cenário se concentra nas experiências exclusivamente off-line. Em 2020, o portal Bussiness of Fashion observou que, apesar das disrupções do varejo, a experiência presencial se tornou essencial para que o consumidor experiencie uma imersão na cultura das marcas. Para capturar a atenção de um mundo cada vez mais hiperestimulado, as marcas não medem esforços para inovar em estratégias de serviços e experiências e criar comunidades e formas de aproximar o cliente com entretenimento e ativações sensoriais.
Seja on, seja off-line, observamos uma onda de novos formatos de lojas, negócios e narrativas em que a capacidade e a agilidade, para remodelar os propósitos de marca e experiências, tornam-se os principais vetores para a sustentação do negócio.
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