Chilli Beans: sem encantamento, não há experiência
- Por Larissa Godoy
- 4 min leitura
“Estou aqui no meu jardim, onde sofri tanto nessa pandemia e achei que eu ia perder tudo… Acabamos de fazer uma ação, uma festa incrível no Big Brother Brasil, e estou muito feliz”, contou o fundador da Chilli Beans, Caito Maia, em fevereiro de 2022. Ele relatou no Twitter a reviravolta vivida nos últimos dois anos, em meio à pandemia de COVID-19.
O sentimento de Caito foi compartilhado por muitos empreendedores e executivos mundo afora – tanto por causa do coronavírus quanto pelos efeitos econômicos do distanciamento social. Empreendedores dos mais variados segmentos de mercado viram a oscilação de seus negócios, especialmente em segmentos que não poderiam atuar on-line. Mais do que nunca, era impossível prever o dia seguinte.
Por outro lado, o uso do digital ganhou força e, para as marcas, tornou-se indispensável estar presente no ambiente on-line. Maia, porém, reforça que, nesse cenário, aquele que se destaca é quem interpreta os anseios do consumidor e oferece uma jornada completa – digital e off-line. “O cliente hoje diz onde quer interagir, de que forma quer consumir, por isso, estar preparado tanto no físico quanto no digital não é mais diferencial, é pré-requisito”, disse à Consumidor Moderno.
Independentemente do canal, ele destaca que o desafio de hoje é o mesmo de sempre: contar histórias relevantes, verdadeiras, que envolvam o consumidor com a marca, a história dela, os seus produtos ou serviços. “É aí que você desperta a emoção, mexe com as sensações”, reforça.
Confira a entrevista com Caito Maia, fundador da Chilli Beans.
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CONSUMIDOR MODERNO – Considerando a performance da Chilli Beans, o que você diria que é o caminho do sucesso da marca para engajar o cliente?
Caito Maia – Na minha visão, são muitos caminhos, e esse é um dos desafios do empreendedor. Nós sempre acreditamos no conceito de varejo ótico e em atender o cliente onde ele estiver, seja no físico, seja no digital. Por isso operamos site, loja, quiosque, venda direta, múltiplos formatos. Mais importante que o canal é o fortalecimento da sua marca com o público. Engajar diversas gerações ao longo de 25 anos foi uma trajetória maravilhosa, de erros, acertos e mudanças de rota constantes.
CM – Cada marca deve buscar o seu próprio mapa do engajamento? O que orienta as decisões?
Caito – Cada marca tem seu público. Estar atento às mudanças de geração, de comportamento e de tendências é essencial para o empreendedor. Esse radar afiado faz toda a diferença. Aqui na Chilli Beans, temos um time incrível para mapear tudo isso e gerar engajamento com públicos de diversos perfis. Esse time envolve diversas áreas da empresa e embasa nossas decisões de marketing, produto, expansão e outras estratégias. Manter a atenção do consumidor é um desafio constante em qualquer setor.
CM – Como a tecnologia pode ser aliada na construção de uma jornada eficiente que satisfaça o consumidor hoje?
Caito – Deve ser umas das principais aliadas. Tanto na questão da compra – no site, na loja e nos aplicativos – como no relacionamento, nas estratégias de CRM e nas redes sociais. A tecnologia veio para diversificar, facilitar e multiplicar as ferramentas que uma marca tem à disposição. Na nossa loja 2.0, o vendedor também faz venda on-line. É preciso inteligência para selecionar o que mais se adapta ao perfil da empresa e aos desejos do público consumidor.
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CM – Qual é a melhor estratégia para atender o consumidor phygital?
Caito – Acho que não é apenas uma única estratégia, mas um conjunto bem-definido de ações, canais, comunicação e portfólio. Nós lançamos produtos diferentes a cada semana, então conseguimos manter o consumidor engajado e gerar desejo com boas campanhas, ponto de venda, ações com influencers, promoções. Jamais acreditei em um modelo só digital. Acho que o físico e o on-line se complementam e maximizam a experiência e o engajamento do público.
CM – Como a Chilli Beans enxerga o metaverso? Há planos para mais ativações que vocês podem revelar?
Caito – Estamos atentos a tudo o que existe de novidade. Acho que é cedo ainda pra cravar se será uma realidade mesmo ou apenas uma tendência. Nos negócios, o tempo de maturação de uma nova tecnologia pode ser bem maior. Tivemos uma boa experiência com o metaverso, com a nossa convenção Superdose feita no game GTA, e estamos de olho em novas possibilidades sim, mas ainda sem planos concretos em curto prazo
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