Enquanto grandes varejistas de eletroeletrônicos estão fechando lojas, a Magazine Luiza aposta na inovação e acaba de lançar aplicativo para compra de produtos da rede. O produto é parte da estratégia da marca para digitalizar todo o negócio, segundo afirmou Frederico Trajado, diretor de operações da rede. O app está disponível a partir de hoje (29) para os sistemas Android e iOS.

“Foi um trabalho de mais de um ano”, disse o executivo no Luiza Labs, o laboratório de inovação da rede varejista, em São Paulo. A empresa, que conta com mais de 780 lojas e mais de 43 milhões de clientes, cada vez mais, tem enxergado no mobile a principal estratégia. “Estamos passando por um processo forte de digitalização: temos 20% do faturamento vindo do e-commerce. Não queremos ser uma varejista tradicional com uma área digital relevante, queremos ser uma empresa digital com pontos físicos e calor humano. A estratégia é ser uma plataforma digital”, disse.

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“O futuro será mobile only e app first: nossa aposta é que o brasileiro vai navegar apenas por mobile e principalmente por aplicativo. Há uma tendência em todos os países em que o grosso do acesso virá por mobile e estamos apostando nessa tendência”, disse. A companhia prevê que até maio do ano que vem mais da metade dos acessos do e-commerce  virá por mobile. Hoje, esse número é de 30%.

O novo aplicativo, o Magazine Luiza, apresenta sitema responsivo e puxa todo o histórico do consumidor. “Toda nossa base de dados é integrada e tem um sistema de big data desenvolvido aqui dentro. Isso ajuda a converter. E para o aplicativo estamos levando isso de uma maneira ainda mais acentuada, porque acreditamos cada vez mais que o varejo tem de ser personalizado”, avalia Trajano. A primeira página do app já mostra recomendações de acordo com o histórico do cliente, e o cliente pode ter a opção de incluir o item na lista de favoritos e é possível saber se o produto que ele quer está disponível em alguma loja próxima ao cliente, em um raio de 10 km. Por ora, ainda não está disponível a opção de comprar pelo aplicativo e retirar na loja – o sistema click and collect está sendo testada em uma loja e a previsão é que ele seja disponível no próximo ano.

A lógica do app é de quanto menos cliques, melhor. “A facilidade era nossa primeira premissa. O brasileiro ainda não tem uma cultura de aplicativo. Ele compra um smartphone e usa dois aplicativos. Então, tinha de ser fácil e sem nenhuma fricção de compra, quanto menos toques, melhor. Tivemos uma obsessão enorme de tirar o máximo campos possível”, explicou Trajano. 

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Em termos operacionais, o aplicativo está dentro da mesma estrutura da rede, que investe em multicanalidade efetivo. Ou seja: as vendas via mobile saem dos mesmos Centros de Distribuição da marca, e o histórico do cliente o acompanha em qualquer canal: e-commerce e loja. “Com isso a gente consegue compensar os custos altos logísticos do Brasil. O mesmo CD que atende as lojas físicas e os mesmos caminhões que entregam pela loja física atendem o e-commerce e o aplicativo”, disse.

Este é o terceiro aplicativo para o público externo da rede. A empresa já tinha o Magazine Você, para quem quiser ter uma loja virtual da empresa – plataforma lançada há quatro anos dentro do Facebook que permite que qualquer pessoa tenha uma “loja” da rede para vender para os amigos e rede de influência e, em troca, recebe uma comissão; e o Clube da Lu, para promoções diárias, com estoque limitado.

As novidades da rede não param por aí. Até o final do ano, a Magazine Luiza vai lançar seu próprio marketplace. Hoje, a marca oferece um portfólio de 45 mil itens. “Entendemos que podemos ter de 500 mil a 1 milhão de itens disponíveis quando a gente possibilitar que outros varejistas e até indústrias coloquem seu catálogo na nossa plataforma de e-commerce e façam o faturamento direto, sem passar pelo nosso CD. E com isso queremos aumentar o sortimento para os clientes”, explicou o executivo.

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