Chega final do ano e as pessoas querem engordar a ceia de Natal, distribuir presentes e, claro, iniciar o ano seguinte com mais tranquilidade financeira. Isso é possível para grande parte da população devido ao 13º salário.
Neste ano, os empregadores tiveram até o dia 30 de novembro para pagar a primeira parcela do 13º salário. Segundo o Dieese, a estimativa é que a bonificação injete na economia cerca de R$ 173 bilhões. Boa notícia para o comércio, que está com vendas fracas este ano.
Mas, antes de gastar todo o dinheiro, os consumidores devem lembrar que janeiro é um mês de altos gastos e que, para quem tem dívida, a prioridade deve ser quitar as prestações.
Thiago Alvarez, sócio-fundador do GuiaBolso da dicas para os consumidores fazerem bom uso do dinheiro que vai entrar.
Se estiver endividado:
? Priorize o pagamento da dívida; vale a pena quitar os débitos o quanto antes;
? Aproveite o dinheiro que entrará e renegocie sua dívida com o credor; sugira o pagamento de parte à vista e refinancie o restante a juros menores;
? Se você está pagando juros do cheque especial ou rotativo do cartão de crédito, vale a pena pegar um empréstimo mais barato, como o empréstimo pessoal ou consignado, e quitar a dívida cara.
Terminou o ano sem dívidas, mas sem dinheiro:
? A ordem aqui é se planejar para janeiro, mês de contas extras. Guarde o dinheiro do 13º salário para pagar o IPTU, IPVA, matrículas diversas, material escolar e outras despesas extras que possam surgir no primeiro mês do ano.
?Muitas pessoas gastam todo o 13º com presentes de Natal e itens que não são essenciais e depois têm dificuldade em enfrentar janeiro. Vale muito a pena segurar agora para não se apertar no início do ano?, recomenda Thiago Alvarez.
Se não tem dívidas e fez uma reserva financeira durante o ano:
? Aplique o dinheiro do 13º em investimentos mais rentáveis e seguros, como Fundos DI e CDBs de bancos médios. No Brasil, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assegura sua aplicação até R$ 250 mil por instituição financeira;
? Você até pode usar uma parte do dinheiro para adiantar os presentes de Natal e conseguir preços melhores, mas não se esqueça de que janeiro é um mês de grandes gastos;
?A recomendação é que você dedique pelo menos 15% do salário para investimentos. Outros 50% no máximo para pagar as despesas essenciais (moradia, transporte, mercado, educação, saúde) e os 35% restantes pode gastar em estilo de vida (lazer, alimentação fora de casa, viagens e compras diversas)?, explica Thiago Alvarez, sócio-fundador do GuiaBolso.
*Via GuiaBolso.