Quem não conhece o Pac-Man, o joguinho dos anos 80 em que uma bolinha amarela deve fugir de monstrinhos coloridos em um labirinto? O Google até fez um “Doodle” que reproduzia o jogo em 2010, quando o Pac-Man fez 30 anos, e que ainda é possível encontrar no site de buscas para jogar (veja aqui).
É mais ou menos uma variação disso o que o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Crid) da Universidade de São Paulo (USP) fez com o game Immuno Rush. Trata-se de um jogo criado pelos professores do Crid com a intenção de levar de maneira divertida para os jovens os conceitos de como funciona o sistema imunológico do corpo humano.
No Immuno Rush, como foi batizado, os inimigos percorrem um caminho e para evitar que cheguem ao final do trajeto, o jogador deve construir torres de defesa. O caminho são partes do corpo, como pele, coração, pulmão, por exemplo, que sofrem com o ataque destes inimigos – no caso, as bactérias e os vírus que nos causam doenças quando invadem nosso corpo.
Para evitar que os invasores percorram o caminho completo, é preciso construir as torres, representadas pelas células de defesa, como linfócitos e macrófagos, que formam o sistema imunológico humano. Conforme o jogador vai passando as fases, os invasores vão ficando mais fortes e diferentes células de defesa vão surgindo, exigindo, assim, que o jogador elabore estratégias cada vez mais complexas para vencê-los.
Além disso, o game tem uma seção chamada Enciclopédia, na qual o jogador pode ler e se informar um pouco mais sobre os invasores e sobre as células de defesa do corpo humano.
Segundo o educador Juan Azevedo, do Crid, o fator mais importante do jogo é provocar, de modo lúdico, a curiosidade e a vontade de aprender do jogador. “Ao ter contato com a área de imunologia durante o jogo, esperamos que o jogador se sinta compelido a buscar mais informação e que desperte o interesse pelo assunto. O caráter de estratégia do game também proporciona ao jogador a possibilidade de aprimorar sua capacidade de planejamento e de tomada rápida de decisão”, afirma Azevedo.
Para criar o jogo, Azevedo fez uma parceria com o estúdio de produção de jogos digitais Manifesto Games. De acordo com Vicente Vieira, diretor da Manifesto Games, o desenvolvimento do jogo durou aproximadamente quatro meses e foi iniciado com a elaboração do conceito do projeto.
O game está disponível para smartphones, gratuitamente, tanto no Google Play quanto na Apple Store. Em breve deve também ser disponibilizado online, para ser jogado no computador também, pelo link crid.fmrp.usp.br/jogos/immuno-rush.
Com informações do Jornal da USP