As tentativas de fraude de documentos no Brasil têm se tornado uma preocupação crescente tanto para o setor público quanto para o privado. Com a digitalização dos processos e o aumento das transações online, criminosos têm desenvolvido novas estratégias para falsificar documentos e obter vantagens indevidas, colocando em risco a segurança de dados e a confiança nas relações comerciais e governamentais. Esse cenário desafia empresas e instituições a aprimorarem seus sistemas de verificação e a adotarem tecnologias mais avançadas para prevenir fraudes, ao mesmo tempo em que educa a população sobre os riscos e as precauções necessárias para evitar ser vítima dessas práticas.
Nesse cenário, estudo inédito da Serasa Experian identificou que, em uma amostra 104,3 milhões de transações, 3% eram tentativas de golpes utilizando Registros Gerais (RGs) e Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) falsos (3.284.176).
Os crimes são praticados, principalmente, em dois formatos: a adulteração de documentos autênticos, onde fotos são substituídas manualmente ou com o uso de Inteligência Artificial (IA) para se assemelhar à imagem real, e a criação de documentos falsos, nos quais o golpista já insere sua própria foto, mas utiliza informações verdadeiras de uma vítima, como nome, CPF, data de nascimento e filiação.
“As pessoas que não possuem contas em banco são as vítimas principais dos criminosos porque não possuem registros financeiros, ou seja, têm uma menor utilização de suas informações pessoais e biometria facial, garantindo menos incidência nas tecnologias de segurança, o que aumenta as chances de o golpe dar certo”, comenta Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian.
O estudo também revelou que, no período analisado, a maioria das fraudes envolveu documentos de homens, que representaram 44,7% dos casos, enquanto 36,6% das ocorrências foram relacionadas a mulheres. A faixa etária mais atingida foi de 16 a 35 anos, abrangendo 45,5% das vítimas. Quando se observa os setores mais visados nas tentativas de fraude, “Meios de Pagamento” lidera com 49%, seguido por “Bancos e Cartões”, com 27,32%.
O RG é atualmente o documento mais suscetível a fraudes no Brasil, principalmente devido às variações entre os estados, o que facilita a atuação de fraudadores. No entanto, a implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) promete reduzir esse problema. A padronização em nível nacional permitirá que tecnologias de análise detectem marcas fraudulentas com maior precisão, tornando a identificação e verificação da autenticidade mais eficazes.
A prevenção continua sendo a melhor defesa contra fraudes documentais. Para as empresas, é essencial contar com ferramentas de segurança que utilizem tecnologia avançada e camadas de proteção que sigam as normas e padrões nacionais.
“A importância de contar com soluções de segurança que se aprimorem constantemente é crucial, especialmente em um cenário onde golpes se tornam cada vez mais sofisticados. Utilizar tecnologias avançadas e Inteligência Artificial é fundamental para identificar e prevenir fraudes de maneira eficaz. Mesmo que um documento falso possa passar por uma etapa de validação inicial, é essencial que as soluções de segurança continuem a evoluir e se adaptar para detectar indícios de fraude em etapas subsequentes, garantindo a proteção tanto da empresa quanto dos consumidores”, acrescenta Caio.
Segundo a Serasa Experian, algumas medidas de prevenção podem ser tomadas para evitar que as fraudes aconteçam. Uma delas é manter os documentos em locais seguros e evitar compartilhar informações pessoais desnecessárias. Além disso, é possível adotar como prevenção a utilização de assinaturas eletrônicas, uma forma segura de garantir a autenticidade de documentos, reconhecida mundialmente e regulamentada no Brasil pela Lei nº 14.063/2020.
Nesse cenário de cuidados, o uso de tecnologias, como o VALIDAR, serviço do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), pode ajudar a verificar a autenticidade de documentos públicos online. Vale pontuar ainda a importância sempre verificar a necessidade e confiabilidade da solicitação de informações antes de compartilhar dados pessoais ou documentos.
*Foto: Shutterstock.com
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