Promover uma integração entre tecnologia e negócios pode resultar em soluções que superem as expectativas dos clientes. No setor bancário, há uma expectativa alta em relação aos investimentos em tecnologias. Para se ter uma ideia, neste ano, os bancos estimam investir R$ 47,4 bilhões em tecnologia, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Ainda segundo a Febraban, os bancos estão comprometidos com uma agenda de transformação contínua, sendo que 83% dos bancos têm como foco a experiência do cliente, seguidos por iniciativas de personalização de produtos e serviços.
Um exemplo que ilustra bem essa transformação é o banco BV, que tem intensificado seus esforços em tecnologia para aprimorar tanto as operações quanto o atendimento ao cliente. Em 2022, o BV inaugurou o Nexo – Núcleo de Experimentação Otimizada, um espaço dedicado à experimentação e inovação, com foco especial nos segmentos de crédito. Esse laboratório, desenvolvido em parceria com empresas especializadas, já gerou R$ 150 milhões em negócios e se consolidou como um motor para o desenvolvimento de soluções personalizadas e escaláveis.
O Nexo opera em frentes estratégicas como Open Finance, parcerias com fintechs e o uso de produtos avançados de dados para criar novos serviços. A adoção do Open Finance, por exemplo, permite a troca segura de dados financeiros entre instituições, promovendo maior transparência e uma oferta de crédito mais assertiva, com base no perfil real do cliente.
Outro avanço relevante implementado pela Nexo foi o uso de psicometria em parceria com a fintech Innovative Assessments. Essa tecnologia, voltada para a análise de perfis comportamentais, permite avaliar características subjetivas dos clientes, que muitas vezes não são captadas pelas formas tradicionais de análise de crédito. Com a psicometria, o banco BV conseguiu melhorar a precisão na avaliação de risco de inadimplência e ampliar o acesso ao crédito a perfis que, até então, superaram maiores obstáculos nas propostas de suas ofertas. Entre janeiro e junho de 2023, essa inovação foi responsável por gerar R$ 32 milhões em negócios.
“A tecnologia que nos apoia no processo seleciona, com base no perfil do usuário, perguntas pertinentes para que o banco conheça melhor os hábitos do requerente e possa tomar uma decisão certeira sobre a concessão de crédito”, comenta Roberto Jabali, diretor executivo de Crédito e Cobrança, do banco BV. “O algoritmo analisa as respostas e indica o risco de inadimplência. Com essas informações extras em mãos, conseguimos mitigar riscos e fortalecer nosso relacionamento com o cliente, muitas vezes o auxiliando a realizar o sonho de ter um veículo”.
Essas inovações também estão conectadas às mudanças trazidas pela Gig Economy, termo criado que se refere a um modelo de negócios onde plataformas digitais (como aplicativos ou sites) fazem a conexão entre quem oferece um serviço (trabalho humano) e quem precisa dele, e também pelo Open Finance, que redesenharam o cenário econômico no Brasil.
O Nexo já planeja expandir o uso da psicometria para outras verticais de crédito, aproveitando tendências que refletem as novas necessidades dos consumidores, como os trabalhadores autônomos e freelancers. O banco enxerga oportunidades em criar soluções de crédito mais inclusivas e acessíveis, baseadas em dados e na constante evolução das ferramentas tecnológicas.
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